Bibliotecária do Amor: 2012
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segunda-feira, 16 de abril de 2012

Brisa Perfumada

Parei de respirar e esperei que a brisa voltasse a bater em meu rosto. A brisa voltou trazendo um perfume renovado, uma nova essência. Minha mente, tão habituada ao perfume antigo, foi-se permitindo ser acolhida novamente pela brisa que tinha trazido uma intensidade e perfume superiores a primeira.
            Fiquei em estado de êxtase quando seu cheiro entrava em minhas narinas, percorrendo meus pulmões, sendo o ar que respirava, e só não lamentava soltar o ar, pois saiba ainda estar envolta daquela brisa, e que seu cheiro não me deixaria.
            Aquele perfume foi penetrando em minha pele, foi se instalando em meus poros, logo meu sangue já tinha seu aroma. Toda aquela essência estava dentro de mim, meu coração bombeava o sangue com aquela essência. O mesmo sangue que percorria todo meu corpo, sem esquecer nenhuma cédula. Cada cédula de meu corpo já estava tomada pela brisa.
            A brisa não estava mais envolta de mim, já estava dentro. Já vivia em mim, já me acompanhava os passos. Meus ouvidos só ouviam o suave zumbido da brisa quando vibrava em torno de mim. Tal como terremoto silencioso. Vibrando tudo em calmaria.
            Ao sentar, era como se a brisa perfumada viesse ao meu colo. E a cada segundo, tudo era tão inteiramente novo, e não temia pensar no passado. Pois via que nada havia existido como igual ou superior. Aquele perfume inebriante, tornava-se o aroma mais forte que tinha aspirado durante minha existência.
            Não conseguia pensar em nenhum estado de tempo além daquele que vivia, cada respiração era sentida no momento que ocorria, não lembrava perfumes anteriores, não esperava novos perfumes. Não imaginava quando minha brisa partiria, pois quando sentia meu sangue correndo em minhas veias com rapidez e ardência na urgência de recuperar o fôlego, sabia que aquela brisa tinha trazido meu perfume eterno. O perfume que já compunha meu ser.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Defeitos

E quanto mais pessoas conhecia, só servia para deixar um dos defeitos dela ainda mais perfeitos.

segunda-feira, 12 de março de 2012

sábado, 10 de março de 2012

Caminhando

Eu caminhava com distração, sem perceber nada ao meu redor. Porém, num instante senti uma vontade de observar o ceú. A minha frente havia a Lua indo, atrás de mim estava o Sol vindo.
O Sol nascia no horizonte, trazendo faixas laranjas e luminosas consigo. E ao redor na Lua todo o negror já estava sumindo.
Olhei para o relógio que ainda não indicava sete horas, logo meu pensamento saiu do ceú e voltou para a Terra.
Tudo sempre se relacionava a ela, não havia como escapar. Imaginei se ela já teria acordado.
E logo um pensamento mais doce foi acolhido por meu coração.
Ela poderia estar nesse momento também caminhando, tendo a sua frente a Lua e o Sol atrás dela. Ela poderia estar observando aquele mesmo ceú naquele momento.
Seus passos assim como os meus poderiam estar seguindo aquele mesma direção, nossos passos poderiam estar nos guiando até a Lua.
E não reprimi o sentimento que veio-me.
Quem sabe nossos caminhos tão distante e diferentes se encontrariam, por fim, no mesmo destino.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Não lutar...

Não lutar não quer dizer que falta amor, 
só que há medo de sobra.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Jean Racine diz...

"Não é o amor uma chama que se possa ocultar na alma; aquele que o sente, revela-o na voz, nos olhos e até no silêncio."

Jean Racine

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Soube que estava amando ...

Soube que estava amando logo no primeiro dia. E todos os dias que se seguiram foram só confirmação.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Carlos Drummond de Andrade diz...

Lira do amor romântico
                                        Ou a eterna repetição
Atirei um limão nágua
e fiquei vendo na margem.
Os peixinhos responderam:
Quem tem amor tem coragem.


Atirei um limão nágua
e caiu enviesado.
Ouvi um peixe dizer:
Melhor é o beijo roubado.


Atirei um limão nágua,
como faço todo ano.
Senti que os peixes diziam:
Todo amor vive de engano.


Atirei um limão nágua,
como um vidro de perfume.
Em coro os peixes disseram:
Joga fora teu ciúme.


Atirei um limão nágua
mas perdi a direção.
Os peixes, rindo, notaram:
Quanto dói uma paixão!


Atirei um limão nágua,
ele afundou um barquinho.
Não se espantaram os peixes:
faltava-me o teu carinho.


Atirei um limão nágua,
o rio logo amargou.
Os peixinhos repetiram:
É dor de quem muito amou.


Atirei um limão nágua,
o rio ficou vermelho
e cada peixinho viu
meu coração num espelho.


Atirei um limão nágua
mas depois me arrependi.
Cada peixinho assustado
me lembra o que já sofri.


Atirei um limão nágua,
antes não tivesse feito.
Os peixinhos me acusaram
de amar com falta de jeito.


Atirei um limão nágua,
fez-se logo um burburinho.
Nenhum peixe me avisou
da pedra no meu caminho.


Atirei um limão nágua,
de tão baixo ele boiou.
Comenta o peixe mais velho:
Infeliz quem não amou.


Atirei um limão nágua,
antes atirasse a vida.
Iria viver com os peixes
a minhalma dolorida.


Atirei um limão nágua,
pedindo à água que o arraste.
Até os peixes choraram
porque tu me abandonaste.


Atirei um limão nágua.
Foi tamanho o rebuliço
que os peixinhos protestaram:
Se é amor, deixa disso.


Atirei um limão nágua,
não fez o menor ruído.
Se os peixes nada disseram,
tu me terás esquecido?


Atirei um limão nágua,
caiu certeiro: zás-trás.
Bem me avisou um peixinho:
Fui passado pra trás.


Atirei um limão nágua,
de clara ficou escura.
Até os peixes já sabem:
você não ama: tortura.


Atirei um limão nágua
e caí nágua também,
pois os peixes me avisaram,
que lá estava meu bem.


Atirei um limão nágua,
foi levado na corrente.
Senti que os peixes diziam:
Hás de amar eternamente.


CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

domingo, 22 de janeiro de 2012

Bright Star, de John Keats

Bright Star



Estrela brilhante, que eu fosse firme como tu és -
Não em esplendor solitário pendurado no alto da noite
E assistir, com tampas eterna à parte,
Como paciente da Natureza, sem dormir eremita ,
As águas se movendo em sua tarefa priestlike
De margens humana pura ablução rodada da Terra,
Ou olhando sobre a máscara caiu soft-novo
De neve sobre as montanhas e os pântanos -
Não - mas ainda firme, ainda imutável,
Pillow'd no peito meu amor amadurecimento feira,
A sentir para sempre incham a sua suave e queda,
Acordado para sempre em uma agitação doce,
Mesmo assim, ainda ouvi-la-concurso tomadas respiração,
E assim viver sempre - ou desmaio outra à morte.



Poema Bright Star do poeta John Keats traduzido

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Voz no Silêncio

"Você não fala, mas eu te escuro."
Filme A Última Estação

Escuto tua voz silenciosa, escuto o que você me diz em teu silêncio.
Tuas palavras nem sempre são necessárias para te entender.
Teu silêncio me diz e me explica tudo que preciso saber.
Em teu silêncio e no meu, nos escutamos.
O amor entende o silêncio.
O amor compreende as palavras mudas que são ditas não pela boca, mas pela alma.

"Só o silêncio é sincero."
Fernando Sabino

No silêncio não inventamos mentiras com as palavras. Não escondemos e não acrescentamos verdades.
Deixando no silêncio que a sinceridade se instale e que ela explique e justifique.
Ao escutar o teu silêncio, escuto tuas palavras sinceras que são ditas pelo coração.
Não escuto o som da tua voz, mas a batida de teu coração.
E é nesse som onde está a verdade além das palavras e além do silêncio.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Água e Algodão

O algodão e a água são coisas diferentes, que surgem na natureza de formas distintas.
São duas coisas que nem sempre se encontram, porém existem momentos que o algodão e a água entram em contato.
E quando se coloca a água junto com o algodão, ambos se juntam, se fudem, se integram, formando uma única coisa. Água e algodão juntos são mais pesados, sólidos, fortes que separados.
Juntos adquirem uma nova forma,  e dessa forma podemos distinguir ainda o que é água e o que é algodão.
E mesmo que depois de algum tempo, exprema-se o algodão para dele tirar a água. Ele permanecerá molhado, algo da água continuará nele, a água deixa sua marca. E após secar o algodão nunca mais terá a mesma forma.
E a água sempre deixará algo de si para trás.
É interessante que muitas vezes no amor, as coisas acontecem assim
Duas pessoas se encontram, e se tornam uma.
E independente de qual situação ocorra na vida, e elas se separem nenhuma será a mesma de antes.
O algodão após molhado, não volta a sua forma de antes. E água ao ser expremida do algodão deixa requícios no algodão e nunca mais terá a mesma quantidade.
Muitas vezes coisas simples da vida explicam melhor o que é o amor, do que elaboradas frases.
Muitas vezes observando coisas tão diferentes como água e algodão observamos como o amor age em duas vidas, melhor do que observando os seres humanos.
E o que resta a saber, o ensinamento que podemor tirar da natureza é que tudo sempre se transforma.