Bibliotecária do Amor: 2011
O maior serviço de referência sobre o Amor!

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Envelopes desbotados

Pegou a caixa e despejou todo seu conteúdo sobre a cama. No momento, foi como se uma onda de envelopes de múltiplas cores tivesse arrebentado ali. Uma mistura nauseante de perfumes enlevaram até desvanecer em poucos segundos.
Passou os olhos pelas diferentes cores, nenhum daqueles envelopes significavam algo agora. Nenhum despertara a curiosidade de rever seu conteúdo. Era uma pilha de papel envelhecido. Foram necessários poucos meses para deixar as cores desbotadas e o papel amarelado.
Perto ou longe do Sol, todas as cores estavam se perdendo ali.Perdendo a vivacidade, os tons bonitos e no final tudo estaria um simples conjunto desbotado.
Achou que leria uma das cartas, que um interesse momentâneo, levaria a escolher um dos envelopes ao acaso para ler a carta que estava ali guardada. Porém, enganou-se. Não sentiu interesse algum e nenhuma vaga sensação nostálgica.
Atirou os envelopes para a caixa, retornou eles para seus lugares. Não se esqueceu de nenhum. Todos envelopes e suas respectivas cartas teriam o mesmo destino.
Quando olhou o conteúdo dentro da caixa, não pensou nas cartas, mas somente nos envelopes. Era como se até os envelopes tivessem perdido o sentido, a razão e a vida. Tudo já tinha chegado além do final. O fim já tinha chegado, e até os envelopes já estavam mortos.
Observou que a mesma coisa tinha acontecido com os sentimentos, aos poucos cada um deles também foi perdendo suas cores, cada sentimento desbotando e perdendo sua vida. Ficando tudo tão opaco que não havia mais interesse algum em guardar aquelas cartas, ou em pensar nos sentimentos.
Foi atirando os envelopes para a lareira, depois que todos estavam lá, tirou a caixa de fósforo do bolso.
Uma vaga sensação tomou conta de si. Não lembrava o que estava escrito em cada uma daquelas cartas, mas a essência ainda tinha seu lugar na memória, ia riscar o fósforo mas parou o movimento.
Pegou um daqueles envelopes para guardar como recordação. Aquele único envelope iria representar todos os outros. Colocou o envelope escolhido ao acaso na caixa, não iria o ler, somente guardar.
Haviam coisas mortas do passado que não queria reviver. Acendeu o fósforo e colocou entre envelopes. Fez esse processo novamente e observou os envelopes e as cartas desaparecendo, tudo virando cinza.
Era uma boa associação com seus sentimentos, que já tinham virado todos cinzas. Ao pensar isso, lembrou-se que ainda havia um envelope que não era cinzas.
Olhou a caixa e ali havia um envelope que outrora fora vermelho. Pensou em abrir e ler o que estava ali escrito, mas sua vontade vacilou. Ficou por um tempo com medo de que como os envelopes, ainda houvesse um único sentimento. Sentia que eles tinham virado cinzas, mas algum podia ter sido poupado como aquela carta. Se lesse a carta poderia saber qual sentimento tinha sido poupado, mas isso assustava, pois mesmo após o final o que poderia ter sobrevivido era: Eu vivo você!

domingo, 18 de dezembro de 2011

Até que a vida...

Até que a vida passa a ter alguns tons cinzas quando estamos apaixonados.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Victor Hugo diz...

"O Amor não tem meio-termo: ou destrói ou salva."

Victor Hugo


domingo, 20 de novembro de 2011

Você...

Você soprou as folhas caídas do meu outono. Foi como uma onda de calor no meu inverno. Foi o perfume da minha primavera. Você foi uma brisa suave no meu verão.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Khali Gibran diz...

"Quando o amor vos fizer sinal, segui-o; ainda que os seus caminhos sejam duros e escarpados. E quando as suas asas vos envolverem, entregai-vos; ainda que a espada escondida na sua plumagem vos possa ferir."

Khali Gibran



terça-feira, 15 de novembro de 2011

Ao ligar o computador...

Sentou-se em frente sua escrivaninha, ligou seu computador e aguardou. Em questões de segundos, estava ligado. Entrou no navegador da internet, e foi no único site salvo nos favoritos. Acessou sua conta de e-mail.
Não se surpreendeu ao vê-la sem nenhum novo e-mail. Há muito tempo era sempre assim, mas só agora isso afetava seu interior. Causava uma dor íntima, um pequeno desânimo.
Nos e-mails recebidos outrora, abriu um ao acaso. Leu as palavras ali contidas. Sentiu em seu peito o significado de cada uma daquelas palavras.
As palavras pareciam ter vida e girar em seu redor. Quando começou a sentir os olhos lacrimejantes, apoiou a cabeça entre as mãos. Não se permitiu demonstrar reações. Abriu outro antigo e-mail e o leu. Sorriu tristemente em sua leitura. Era um e-mail bom, doce, agradável, suave ao coração.
Comparou o passado com o presente. Não quis nem supor a existência do futuro.
Não havia novos e-mails, parecia que em si nada surgia de novo. A mente sempre nas mesmas lembranças. Porém, tudo a sua volta se renovava dia-a-dia, cumprindo o ciclo da vida.
Saiu do seu e-mail. Fechou a janela do navegador e não esperou nada para desligar o computador com pressa. Não pudia ficar muito tempo ali. Tinha saudade de ler e escrever.
Não escrevia por não haver mais palavras a serem ditas, só deveria haver aceitação dos fatos e suas consequências.
Aceitação nunca haveria, sabia disso, sentia palpável essa verdade. Só haveria, sempre, palavras que estariam dispostas a serem escritas ou lidas. Pois por mais que quisesse nunca poderia deixar de dizer: Eu vivo você!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Uma chamada...

Caminhava em passos apressados, parou ao sentir uma vibração no bolso. Era o celular que chamava. Olhou o número no visor, e reconheceu no mesmo instante. Não conseguiu reprimir uma expressão dolorida. Atendeu com a voz abafada. O corpo tensionado, aos poucos foi relaxando.
A voz que vinha do celular ia penetrando em sua alma. A calma de ouvir contrabalanceava com o sofrimento do que ouvia. Não podia deixar de se comparar com quem conversava. Não conseguia ignorar a realidade da situação atual.
Não conseguia definir se era maior a dor ou o apaziguamento. Era mais uma das contradições que haviam marcado tantos momentos.
Sentia paz e alegria ao ouvir, mas a cada palavra se abatia por ver cada vez mais seu ideal se afastando.
A conversa levada de forma banal, escondia sentimentos reprimidos.
Quando menos percebeu estava sorrindo e dando risada, coisas que a tempo não fazia. O tempo ia escoando, e chegou o momento onde foi necessário se despedir.
Não queria deixar esse momento de paz acabar, mesmo com as dores que ele trazia. A ligação foi encerrada, o celular guardado novamente. O momento havia acabado, não tinha mais como dizer: Eu vivo você!

sábado, 5 de novembro de 2011

Virginia Woolf diz...

"Sempre penso em você quando escrevo, Katharine, mesmo quando se trata de coisas de que não entende. Prefiro, sim, acho que prefiro que você goste do que escrevo do que qualquer outra pessoa no mundo."

Noite e Dia,  de Virginia Woolf

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A vida é...



A vida é um incompreensível ciclo.
Apesar de sua forma fixa que temos como base, nunca conseguiremos entender toda a volta que ela faz.
Terminei uma volta, mas você nunca voltará.
A volta terminou e o que termina não volta.
Se algo voltou, também terminará.
O novo ciclo continua com coisas novas e diversas, um ciclo com partes mais apagadas e outras muito brilhantes.
O brilho ofusca e não se percebe as partes apagadas.
Mas elas estão lá, pois o que terminou não volta.
E na nova volta não dá para voltar o que terminou.

03/08/2010

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

No meio da noite...

Acordou dando um pulo na cama, corpo suado, sentia a camiseta ensopada em suas costas.
Aos poucos foi tendo noção da realidade, o pesadelo ia sumindo de sua mente.
Não sabia dizer se era sonho ou pesadelo, mas tinha ficado com um gosto agridoce na boca.
Tentou sentar, mas não conseguia se mover.
Ficou olhando para o teto tentando tirar da mente as imagens do sonho que ainda insistiam em aparecer.
Ao fechar os olhos, as imagens ficavam mais nítidas. O necessário era ficar de olhos abertos, mas assim o sono ia sumindo junto com as imagens.
O corpo, agora, apresentava mais sinais de cansaço. A exaustão não permitiu que ficasse muito tempo de olhos abertos olhando para o teto.
Voltou a fechar os olhos e recebeu o golpe das recordações.
Não sabia porque sonhar com o passado, o passado já tinha se tornado um pesadelo.
Não havia lembrança que pudesse despertar o lado doce dos acontecimentos anteriores.
Não restava nada. Não havia nada mais de bom.
Ou, ao menos, era assim que se obrigava a pensar.
Quis abrir os olhos novamente, era doloroso conviver com aquela imagem que persistia em aparecer.
Porém o sono voltava, o cansaço ajuda nisso.
Estava adormecendo aos poucos, a imagem ia desvanecendo lentamente.
Não disse adeus para a imagem, sabia que ela voltaria aos seus sonhos.
Antes que ela desaparecesse, sussurrou: Eu vivo você!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Todas palavras significam uma frase

Começou a pensar nas várias coisas que podia dizer.  Queria poder dizer a falta que sentia, a dor que não sumia.
O desespero por ver tudo se apagando a sua frente, sem poder fazer nada.
Havia tantas e tantas palavras, mas elas perdiam o sentido assim que se uniam em uma frase.
O papel não era mais o suficiente para expressar o que queria dizer, as palavras não contemplavam o sentido que precisavam passar.
Não havia mais palavras que pudessem expressar o que sentia.
Queria poder dizer que estava sofrendo, que queria que as coisas voltassem.
Mais sabia que nada mais poderia ser o que já havia sido.
O passado andava ao seu lado, acompanhando o ritmo de cada passo seu.
Não havia mais como escapar do passado. Não havia como esquece-lo ou palavras que fizessem ele desaparecer.
Mas mesmo estando lado a lado com o passado, ainda queria dizer muitas coisas.
Sentia falta de cada pequeno detalhe, de cada coisa existente ou não.
Sentia falta das coisas que poderia ter tido, mas hoje não era mais possível.
A saudade instalou-se em seu outro lado.
Queria saber o que fazer, saber corrigir ou saber esquecer.
Mas não sabia mais nada, todos os conhecimentos se tornavam nulos nesses momentos.
Não conseguia fazer mais nada.
Queria poder dizer algo, algo que mudasse tudo. Algo que expressa-se que ainda havia amor, aquele amor constante.
Mas a vontade morria de medo, medo que tudo se repetisse.
Recuperar para perder novamente. Esse era seu maior medo.
Se é para perder que seja uma. Se é para sofrer que não haja motivos para acentuar o sofrimento e a dor.
Queria poder dizer muitas coisas, e por isso não dizia nada.
Tornou as palavras inexistentes, deixou que só houvesse presença nos pensamentos, nas lembranças, nas dores.
De tantas palavras que queria dizer, sabia que só uma poderia expressar tudo.
Só havia uma frase que pudesse compreender toda a complexidade.
As palavras que queria dizer sempre significaram: Eu vivo você!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Folhas aos pedaços

Hoje encontrou algumas folhas velhas, já amassadas e amareladas. Folhas a tanto tempo guardadas, mas nunca esquecidas.
Folhas escondidas para não serem vistas. Folhas com palavras doces, mas que iam amargando quanto mais lia.
Lembrava-se das palavras, da melodia e do aroma que saia daquelas folhas.
Era uma recordação que não podia permitir vir sempre ao seu encontro.
Olhou para as folhas, leu diversas vezes. Deixando que a dor viesse ao seu encontro a cada palavra lida.
A cada sílaba que saia da folha, ia criando vida ao seu redor.
As palavras circulavam ao seu redor, formando um redemoinho.
Não poderia reencontrar aquelas folhas. Era hora de fazer algo.
Enterra-las junto com o passado já morto.
Rasgou a primeira, o que pareceu ser mais um rasgo em seu coração.
Rasgou a segunda, e ao olhar a terceira viu que não poderia se livrar de todo daquela lembrança.
Algo deveria permanecer para ser invocado nos momentos em que a dor parece aliviar o sofrimento.
Procurou uma tesoura, logo a encontro. Cortou uma pedaço da folha. Iria para sempre guardar aquele paragráfo, salvo naquele pedaço de papel, resgatado de sua fúria.
Agora já eram palavras tão distantes, mas sabia que era momentâneo. Logo aquelas simples palavras trariam de volta todas as outras.
Pegou os retalhos de papel e jogou na cesta de lixo. O pedaço restante, guardou em sua carteira.
Iria sempre, ao menos, carregar as palavras junto consigo, já que nada  além delas restavam.
Junto com aquelas palavras, estariam sempre outras também escritas. Mas escritas em seu peito. As palavras do papel poderiam sumir, como desejava que todo o resto sumisse, mas as palavras que tinha dentro de si nunca iriam desaparecer, sempre seriam: Eu vivo você!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Naquele banco...

Hoje parei ao lado do banco onde nos sentamos.
Sempre via você nele, hoje fiz meus olhos verem a realidade.É um banco vazio.
Não é uma ponte para o passado.
Tentei lembrar o que senti naquele dia, mas foi um misto tão grande de sensações que não posso mais lembrar.
Com certeza o que senti faz contraste com o que sinto e com o que me faço sentir hoje.
Percebi que não lembro mais de cada detalhe, aos poucos a essência vai se apagando.
Isso prova que um dia esquecerei de tudo ou morrerei tentando.
Sempre ficará uma pequena lembrança para se ignorar, para deixar guardada no fundo da memória para não ser percebida.
Os dias apagam a presença que existiu quando sentamos naquele banco, e trazem a tona a verdade, o banco sempre estará vazio para mim, nunca mais representará nada.
A verdade aflienge e doi mas não cala, imediatamente, o que ecoa na mente: Eu vivo você!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Eu queria...

Eu queria que minhas palavras não fossem jogadas ao vento. Que elas tivessem a direção do seu coração.
Queria que minhas frases pudessem passar o sentido que existe no meu coração.
Queria tantas e tantas coisas sempre, mas o principal era você.
Quem me dera que de minhas palavras o amor verdadeiro se tivessem feito, tivesse se formado e se estabelecido eterno.
Agora porém só queria dizer: Eu vivo você!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Aquela caminhada, nossos passos ao nada

Ao abrir o guarda-roupa e viu o cabide vazio. Nesse cabide havia um casaco tempos atrás. Voltou a fechar o guarda-roupa, fechou seus olhos e encostou a testa na porta. Lembrou-se de quando usou aquele casaco pela última vez. O dia estava frio mesmo ensolarado. O ar estava gelado, mas naquele momento não tinha percebido isso. Na rua seus passos eram acompanhados , passos em sintonia. Passos no mesmo ritmo. Os sorrisos eram correspondidos, estavam numa neblina única que isolava aquele momento do restante da humanidade.
Não tinha como ver através da neblina, por instantes o mundo estava separado e distante. Não havia nada, exceto os passos, os sorrisos e as palavras que fluiam. Palavras que ninguém mais seria capaz de entender, pois naquele momento o mundo estava fora do compasso daqueles passos. Não havia caminho sendo percorrido, somente passos sendo dados.
Voltou a abrir os olhos, por um momento a nostalgia tomou conta. Lembrou-se daquela caminhada, não havia destino nem futuro nela. Essa certeza tirou a nostalgia para trazer outra dor conhecida.
Sentiu o ar faltar. Puxou o ar com força, fazendo seu corpo funcionar. A vida tinha se tornado isso: olhar um cabide vazio, um quarto vazio, uma cama e uma vida vazia. E lembrar dos passos que antes acompanhavam a vida, passos que terminavam ao encontrar a cama, passos que percorriam o quarto.
Voltou a fechar os olhos, voltou a lembrar daquela caminhada. Sentiu a mão tomando a sua, a força delicada que envolviam as mãos, nesse instante o compassou se tornou uma marcha perfeita, cada movimento integrado, sem saber onde terminava e começava.
O compasso tinha se perdido, a caminhada teve um fim, mas nunca um objetivo. A vida tinha se tornado como aquela caminhada. Tinha perdido o compasso e sentido. Abriu os olhos e foi em direção a cama, deitou-se e se deixou afogar no momento. Todos os passos dados não tinham levado a lugar nenhum. Só havia o caminho percorrido e a sua frente o nada. Não tinha conseguido chegar em lugar nenhum.
Queria poder voltar atrás, caminhar novamente por todos os lugares idos. Fechava os olhos para se perder no labirinto das lembranças. Muitas lembranças doces como aqueles passos. Eram lembranças suaves como o ritmo dos passos. Outras lembranças eram como a corrida que tinha antecedido os passos. Correu para chegar naquela praça e para daquele encontro fazer uma caminhada. Não gostava de correr mas para poder anteceder cinco minutos tinha corrido, perdido o ar e também parte do foco.
Deixou que os momentos tivesem em si o foco, a direção e a meta da vida. Disso resultou só um emaranhado de momentos que não podiam mais se repetir. Aquele cabide nunca mais sustentaria aquele casaco. Os passos nunca mais teriam seu ritmo próprio. Os caminhos agora eram diferentes e não se cruzariam mais.
Teve que se esforçar para respirar. Levantou e abriu o guarda-roupa. Viu o cabide vazio, mas o ignorou, não podia se prender todo o tempo as lembranças. Ignorou a mensagem que o cabide passava. Pegou um casaco qualquer e o vestiu. Saiu para caminhar, novamente não havia rumo, ponto de chegada ou objetivo.
Os passos não eram acompanhados e se perdiam no ritmo da cidade. Mas tinha ainda que fugir dos passos que acompanhavam na lembrança. Concentrou-se em seus passos solitários. Ouviu a batida, sentiu o ritmo de si. Um novo compasso tinha chegado. Queria esquecer, lembrar, morrer, viver. Não entendia o novo compasso. Só entendia que queria gritar: Eu vivo você!


quarta-feira, 7 de setembro de 2011

E quando chega ao fim?

José de Alencar termina o livro Iracema dizendo que tudo passa nessa vida. Eça de Queirós diz no livro o Primo Basílio que o amor já começa com prazo de validade. Fernando Sabino num momento do livro Encontro Marcado demonstra que às vezes queriamos o fim muito antes de quando acontece.
O importante não é se rebelar contra a vida, ou, aceitar tudo passivamente. O importante, de verdade, é que tudo passa.
Tudo passa nessa vida. Passam os amores, as amizades, os sorrisos, as lágrimas, as dores, o Sol, a chuva, o dia, a noite, os bons e maus momentos.
Nessa vida nada foi feito para ser eterno, todas as coisas terminam um dia ou outro. Algumas quando terminam trazem sorrisos, outras lágrimas.
É a vida, sorrir ou chorar, mas sentir algo.
Sentir alguma coisa nos faz humanos, nos faz continuar caminhando. Passos lentos ou rápidos, passos tristes ou alegres, mas sempre continuar caminhando até o grande fim da vida.
Afinal, tudo e todos passam.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Tipos de Amor

Muitas pessoas discutem qual é o tipo amor mais díficil de conviver.
Muitos dizem que é o amor platônico quando você ama alguém imensamente, mas nunca tem coragem de se declarar. Quando você ama sem esperanças.
Outros dizem que o pior tipo de amor é o amor não correspondido, pois a pessoa mesmo sendo amada não tem como te amar também.
Mas eu digo que o pior tipo de amor é o amor impossível.
Amores impossíveis são aqueles em que a vida enche as pessoas de obstáculos. Quando se acredita ter passado por uma, surgem mais duas dificuldades. Alguns amores são asssim, as pessoas se amam mas por algum motivo não faz parte de seus destinos ficarem juntas.
Todos os amores exceto o amor impossível apresenta um consolo.
O amor platônico a pessoa sempre poderá se iludir que poderia a vir ser amada.
O amor não correspondido, você sabe que alguma coisa faltou.
Mas o amor impossível não tem consolo.
A pessoa te ama, você a ama. Mas a vida não permitirá nunca que fiquem juntos.
No amor impossível você pode lutar de todas as maneiras, mas a vida sempre vencerá você!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

É o coração...



"É o coração que mais dói quando as coisas dão errado e se desmoronam."

Eu Sou o Mensageiro - Markus Zusak 


 


ZUSAK, Markus. Eu Sou o Mensageiro. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2007.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

O amor não tem...

"O amor não tem meio-termo: ou destrói ou salva"

Victor Hugo

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Morrer de amor é...

"Vós, que sofreis, porque amais, amai ainda mais. Morrer de amor é viver dele."

Victor Hugo



quinta-feira, 21 de julho de 2011

Amar é...

Amar é eterno.
É estar sempre ao lado, nos momentos bons e ruins. É o sonho que sonhamos acordado, é o sonho que vemos com os olhos abertos. Amar é compartilhar a vida até o último suspiro.


quinta-feira, 14 de julho de 2011

Diante de si a ...

Diante de si a folha branca reluzia a luz. O papel parecia brilhar. Pegou uma caneta e cuidadosamente começou a escrever.
As linhas começaram a se fazer distintas. As letras se alinhavam formando palavras e frases. Tudo passava a ganhar um sentindo tentando transparecer um sentimento. O sentimento estava em segundo plano, impregnando cada ação desde seu início.
As palavras correram até o final da folha. Tinha chegado ao fim.
Pegou um isqueiro para queimar o papel e, juntamente, todas as palavras que carregavam consigo a transcrição do que estava em seu íntimo. Antes de colocar o papel na chama, escreveu: Eu vivo você!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O sonho enfim se tornou realidade.


A batida na porta despertou o devaneio, o sonho acordado foi se desfazendo aos poucos. A noção de realidade ia aumentando a cada batida insistente na porta. O último pensamento de sonho foi rompido num levantar apressado. Passos rápidos até a porta.
Ao abrir a porta, a realidade pareceu se ofuscar novamente. Todas as coisas ao seu redor foram sumindo progressivamente até começarem novamente a voltar a existir, tudo isso num simples segundo. O ar foi expirado com atenção, para não deixar a respiração demonstrar a rebelião que acontecia em seu íntimo.
Seu sonho estava ali na frente, com olhar atento e saudoso. Dois corpos imóveis, mas com o coração batendo rápido. Uma leve tensão de nervosismo passando por cada célula no corpo.
Algo novo no olhar, algo parecido com medo ou somente apreensão. Dúvida e apelo. Um olhar dizendo as palavras que a mente não conseguia formar.
Um emaranhado de palavras que não se podia colocar em ordem. Mas no olhar estavam todas as palavras e algumas mais. Era o mais singelo pedido de perdão, um pedido mudo mas expressivo.
Tudo isso foi percebido e mesmo toda essa atenção dada aos olhos, não perdeu o movimento das mãos. Uma mão pousou em sua cintura, enquanto a outra ia trêmula até seu rosto.
As palavras não eram necessárias mais, já tinha havido muitas. Algumas já estavam começando a serem esquecidas e perdoadas. Era o fim das palavras para o início dos gestos.
Um arrepio percorreu seu corpo ao sentir aquele carinho trêmulo em seu rosto, a saudade doendo no peito. Pousou sua mão sobre a que ainda permanecia em seu rosto, apertou com suavidade, enquanto fechava os olhos desejando que não fosse mais um sonho. Desejando que aquilo fosse real e não desaparecesse quando abrisse novamente os olhos.
Seus movimentos foram rapidamente lidos, suas ações foram entendidas. Sentiu a outra respiração próxima da sua, voltou a abrir os olhos. Estavam perto, os rostos afastados com uma distância mínima. Não era uma ilusão, não era mais um sonho. Parecia real, seu sonho estava materializado ali.
Lutas internas tentando impedir o primeiro passo, tentando conter o forte impulso.
Esperava que seu olhar também fosse capaz de dizer palavras. Esperava que seu olhar contasse que o perdão tinha chegado há muito tempo atrás, e que agora só havia o orgulho que impedia a morte da saudade. E não queria esconder o desejo de ver a saudade morta. Aos poucos seu nervosismo foi cedendo, o olhar ficando sereno para passar calma e confiança.
Até que chegou o momento em que decidiu tomar o controle de seu sonho, só seria real se agisse logo. Aproximou o rosto, sentiu os lábios nos seus. O sabor doce invadindo sua boca. As línguas numa busca sem fim, não se contentando com as descobertas já feitas.
Os corpos abraçados se seguravam com mais força. O sonho enfim se tornou realidade.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Amar é acelerar o passo e se jogar no abismo

Viver é ir construindo uma grande ponte na mais 'perfeita perfeição'.
Cada passo que damos se transforma em material e solidifica nossa ponte.
Nossos planos e sonhos formam a arquitetura de nossa ponte.
Olhamos o caminho que fizemos a nossa frente e achamos tudo perfeito.
O Amor é um grande terremoto que destroi nossa ponte, deixando o caminho feito anteriormente desabado. Sendo que abaixo só há um abismo desconhecido.
Amar é acelerar o passo e se jogar no abismo.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Agora estamos também...

Agora estamos em mais uma mídia digital para atende-lo melhor.
Estamos no Tumblr. Visite-nos lá!

terça-feira, 28 de junho de 2011

Oscar Wilde - A consciência...

A consciência de amar e ser amado traz um conforto e riqueza à vida que nada mais consegue trazer.

Oscar Wilde


domingo, 26 de junho de 2011

Sara Gruen - Quando duas pessoas...

"Quando duas pessoas nascem para ficar juntas, elas ficarão juntas. É o destino."

Sara Gruen - Água para Elefantes


GRUEN, Sara. Água para Elefantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2007. 


quinta-feira, 23 de junho de 2011

Amor correspondido...

Amor correspondido é dois corações, duas mentes, dois corpos separados e uma entrega que unifica tudo.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

José de Alencar - O Amor...

O amor, o verdadeiro amor consiste na possessão mútua de duas almas; e essa, pode o homem iludir-se alguma vez, mas quando se realiza, é indissolúvel. Nada separa duas almas gêmeas que prende o vínculo de sua origem divina."




       José de Alencar - A Pata da Gazela

ALENCAR, José de. A Pata da Gazela. 2. ed. São Paulo: FTD, 1997.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Às vezes...

Às vezes amamos sem querer, e nem saber. Mas ao menos amamos!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Bom final de semana!


Querido(a) Usuário(a),

Desejo a você um ótimo final de semana.

Clique aqui e fique sabendo porque bombons Serenata não surtem efeito amoroso. E não deixe de nos mandar suas dúvidas por email ou deixando um comentário aqui.


Até o próximo post!


quinta-feira, 16 de junho de 2011

Email de uma usuária


 
Bibliotecária do Amor,

 Gostaria de saber se é mito ou verdade que quando vemos a pessoa amada o mundo para ao nosso redor?
 
Grata!
 Aline- MG.


Querida Aline,

Obrigada por ter me mandado esse email. Fico muito contente em poder satisfazer essa sua necessidade informacional.

 Um abraço,
Bibliotecária do Amor

______________________________________
O Mundo pode parar mesmo?

Através de toda pesquisa que já fiz, acredito que é verdade.
Não é um mito.
Isso é algo raro, mas não inexistente. É um fenômeno interior que pode acontecer quando vemos aquela pessoa a quem devotamos nosso amor verdadeiro.
E a chave para a ocorrência disso é o amor verdadeiro.
Só quando amamos alguém de verdade, o mundo pode parar ao nosso redor.
Quando olhamos para a pessoa e tudo a nossa volta fica opaco, o silêncio reina por breves segundos pois não escutamos nada. Tudo parece imóvel.
É um momento rápido. Por isso se um dia amares alguém de verdade, deixe o mundo parar ao seu redor. Pois é um momento único na vida.




Queridos usuários,

Um beijo e até o próximo post.
Obrigada por estarem me acompanhando nessa incessante caminhada do conhecimento sobre o Amor.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Por que Serenata de Amor não funciona?



Muitas pessoas já me perguntaram por que Serenata não funciona. A resposta é simples. E está aqui:
O amor não se consiste em presentes, frases prontas ou bem elaboradas.
O amor se faz sentir verdadeiro quando é dito em forma de uma frase mal formulada.
Os pensamentos sem formarem nenhuma conexão, é nas palavras sussurradas e nas inspiradas pelo momento que se sente o amor.
As mais belas declarações de amor podem ser ditas com um olhar, um sorriso, com palavras espontâneas.
Mas nunca com uma frase pré-fabricada, lida e repetida.
A vida nos deixa essa experiência. Quantas vezes ensaiamos com o nosso reflexo no espelho e quando o momento chega, as palavras somem e tudo se torna o momento.
E é nesse momento que as palavras se tornam verdadeiras.




Não deixe seja vítima da falta de informação.
Mande-me suas dúvidas sobre Amor, estou aqui para prestar serviço de referência a você usuário.
Email: bibliotecariadoamor.blogspot.com

segunda-feira, 13 de junho de 2011

A Imagem de Um Sorriso

Sentiu um sopro frio, mas sem saber de onde vinha. A porta do quarto estava fechada, a janela também. Não havia frestas para entrar o vento. O sono vinha com dificuldade, num andar lento.
Parou de focar o teto e fechou os olhos, aos poucos a imagem foi ganhando cores.
Em questões de segundos, em sua mente já estava a imagem tão conhecida. Era o sorriso tão esperado. Abriu os olhos, mas não via mais o teto. A imagem continuava perante seus olhos, não adiantava abrir ou fechar, só via aquele sorriso. Seu pensamento nunca se afastava. Sempre voltava para aquela direção, para aquele sorriso, para as mesmas lembranças, suas velhas conhecidas.
Sorriu para a imagem a sua frente, sabia que sempre estaria ali. Não ouso estender a mão. Temia que tudo desaparecesse de sua frente, e não queria perder o que lhe restava. O sopro veio de novo, e com ele uma nostalgia. Sentia saudades. Uma dor tornava sua respiração difícil. Sabia que era só sua imaginação. Não sentiu medo da loucura. Se a loucura trouxesse para si aquele devaneio, nunca a temeria, até desejava. Não queria que a imagem sumisse.
Voltou a fechar os olhos, o sono estava mais próximo. Seu pensamento continuava ali, saindo do real para entrar nos seus sonhos, o pensamento seria eterno companheiro.
A imagem do sorriso sempre estaria nos pensamentos, e os pensamentos povoariam sua mente, formando uma multidão de ideias e lembranças. Não deixando esquecer nunca, sempre avisando que nunca teria fim. Não havia momento para tentar fugir, seus sonhos sempre estariam presos.
Sorriu novamente e murmurou para a lembrança: Eu vivo você!

domingo, 12 de junho de 2011

Feliz Dia dos Namorados

Queridos usuários e usuárias,

Desejo a todos vocês um ótimo Dia dos Namorados. E que nesse dia não falte o essencial: o Amor!!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Mande-me suas dúvidas...

Estou aqui para prestar serviço de referência, ou seja, você usuário pode me mandar as suas dúvidas sobre amor e suas variações.
Estou sempre a disposição de meus usuários.
Você pode mandar um email para bibliotecariadoamor@gmail.com, entrar em contato comigo através do Orkut, Facebook ou Twitter.
Estou em todas as mídias sociais, para atender você melhor.

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E até o próximo post. Beijos!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

O Amor é

O amor é sempre dividido em duas porções. Uma para cada coração!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Conceituando o amor


Após anos de pesquisa sobre Amor. Depois de pesquisar diversas fontes de informação. Ouvir e ler infinitas referências. Pude separar o conceito de amor para diversas áreas do conhecimento.
Para o Direito, o amor é a união civil entre duas pessoas.
Já a Sociologia, diz que o amor é relação de convivência entre duas pessoas.
Na Medicina, uma doença incurável. E Psicologia, a mais louca loucura.
Segundo a Filosofia, o amor é um estado da alma.
Diversos conceitos já foram dado para o Amor.
Mas cheguei a conclusão que Amor é aquele momento em que o mundo para quando você vê a pessoa amada, quando nada mais importa, quando um olhar silencioso faz tudo ao redor virar pó.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Está para começar....

Iniciou o maior serviço de referência sobre o Amor.